Ferroviário uma profissão de desgaste rápido
Para: Partidos políticos
Exmos. Senhores lideres dos partidos com assento na assembleia da republica.
Os profissionais da ferrovia, da manutenção, das empresas prestadoras de serviços no universo laboral que envolve a ferrovia, num conjunto de empresas que passo a descriminar : Comboios De Portugal;Infraestruturas de Portugal;Fertagus;Takargo; Medway;Metro Do Porto; Metropolitano de Lisboa, Metro sul do Tejo e Metro ligeiro de Mirandela. Fazem parte do esforço que ao longo dos tempos tem assegurado com qualidade o transporte de pessoas e bens, dentro de padrões de segurança que se revelam dos melhores a nível Europeu e tendo em conta as condições que ao longo dos anos se tem vindo a degradar, quer a nível de qualidade de material circulante quer a nível de infraestruturas, mas também a falta de contratação de pessoas que tem conduzindo ao envelhecimento desta classe, bem como o aparecimento de doenças profissionais que tem aumentado ao longo destes últimos,
A maior parte destes trabalhadores trabalha num regime de turnos ou escalas de serviço com repouso mínimo de 9 horas entre turnos, está frequentemente sujeito a trabalho extraordinário geralmente feito nas suas folgas, alguns trabalhadores chegam a estar fora de casa mais de 12 horas principalmente o pessoal da condução, que fazem as suas refeições diárias dentro das maquinas ou mesmo em andamento, sem o mínimo de condições, outros foram sujeitos a deslocalizações de mais de 200 Km, sendo obrigados a ter uma segunda residência aumentando a sua despesa.
Há que acrescentar que existem nestas empresas trabalhadores com 40 anos de serviço o que no mínimo é incompreensível neste ritmo frenético.
Falando agora dos danos pessoais e sociais que ao longo dos anos foram sujeitos , com este regime de serviço, muitas vidas foram perdidas ou suspensas, a qualidade de vida destes profissionais é mais baixa que os restantes trabalhadores, e os problemas que advém deste modo de vida não são mensuráveis, porque de certeza que é uma conta que ninguém quer fazer ou assumir.
Face a esta pequena introdução, e tendo em conta todo um historial que é do conhecimento de todos partidos com assento parlamentar, é chegada a hora de assumir todo o problema e face a isso queremos ver discutidos com seriedade os seguintes pontos:
1-O reconhecimento imediato desta profissão como uma profissão de desgaste rápido.
2-A diminuição da idade de reforma em vigor, diminuindo um mês e meio por cada ano de trabalho.
3- No ponto dois não há lugar a penalizações monetárias.
4-Para os profissionais como: Maquinistas e profissionais de postos de comando centralizado a idade máxima para trabalhar será de 55 anos.
5- A obrigatoriedade das empresas do ramo em todos os anos civis apresentar um relatório sobre saúde e higiene e segurança no trabalho, para se perceber em que medida estes itens estão ou não afectar quer o desempenho dessas mesmas empresas bem como a saúde dos seus trabalhadores.
Claro que esta matéria será alvo de discussão, mas para já fica esta iniciativa.
Os ferroviários de Portugal,
