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Plantar cem mil árvores já

Para: Público em geral

Portugal está em perigo. Melhor: o povo português está em perigo, ameaçado por duas tendências: o inverno demográfico e a crescente escassez de água potável. Tanto num caso como noutro, só políticas públicas activas, que envolvam toda a sociedade, podem travá-las. Não nos ocuparemos da primeira situação. O nosso objectivo é contribuir para contrariar a segunda.
 
A água é o petróleo do séc. XXI e será causa de guerras no futuro. Poucos têm consciência disso porque, no mundo ocidental, estamos habituados a que ela corra diariamente nas torneiras das nossas casas. Mas noutros continentes não é o que se verifica. Em África, há mulheres e crianças que fazem dezenas de quilómetros diariamente para irem buscar água. Notícias e imagens de extensões cada vez maiores de terra gretada são agora frequentes na comunicação social. Onde antes havia rios, há agora ribeiros. Caudais vigorosos tornaram-se raquíticos. A palavra seca entrou decididamente no nosso quotidiano.
 
A Península Ibérica não escapa a esta tendência. A desertificação avança a partir do sul. Os incêndios florestais, que ocorrem com assustadora frequência, são também consequência da falta de água. Mas o desaparecimento de largas manchas florestais torna-se depois causa para a escassez do precioso líquido. A cadeia de consequências é mais e mais abrangente e desoladora.
 
Portugal tem vindo a atravessar sucessivos anos de seca. Os terrenos estão ressequidos, os ribeiros e riachos vazios, afluentes de rios encontram-se agora secos, os níveis das barragens descem para níveis alarmantes. Com o desaparecimento de grande parte do nosso arvoredo e flores silvestres, estão também a desaparecer os insectos e as abelhas indispensáveis à polinização das plantas e à reprodução das mesmas. Não há água suficiente para se cultivar as terras e produzir alimentos. E começa igualmente a ser escassa para pessoas e animais.
 
Nada disto é surpreendente. Oitenta por cento dos rios portugueses nascem em Espanha. E Madrid tem de gerir ela própria as necessidades de água dos seus cidadãos. Os mecanismos de gestão dos caudais devem ser aperfeiçoados e melhor monitorizados dos dois lados da fronteira. Mas isso não impede que tenhamos de fazer o trabalho de casa. E ele passa, em primeiro lugar, por criar condições para aproveitar toda a água a que o país tenha acesso, venha ela de rios ou da chuva. A construção em força de minis, médias ou grandes barragens é essencial – porque garante que será possível continuar a viver em Portugal no final do séc. XXI. Mas também a arquitectura urbana deve preocupar-se com a necessidade de captação e reserva de água da chuva. Melhorar a rede existente e evitar o desperdício é algo que deve estar no centro dos objectivos da administração central e local. Torna-se imperioso lançar campanhas de sensibilização para a sociedade em geral e os cidadãos em particular usarem o precioso líquido com parcimónia e equilíbrio. E a dessalinização em força da água do mar começa a tornar-se inadiável.
 
Contudo, a par destas medidas, impõe-se igualmente aumentar a quantidade de água a que o país tem acesso. E isso só se consegue mediante a plantação de milhares de árvores que contribuam, elas próprias, para aumentar a precipitação sobre o país, em particular nas zonas onde a desertificação é mais evidente.
 
É por isso que fazemos uma proposta aos decisores políticos, às empresas e aos cidadãos: que se lance uma grande campanha para que se plantem cem mil árvores em Portugal em 2020. É preciso que surja uma onda colectiva de voluntariado, criando em cada indivíduo a consciencialização responsável de uma cidadania ecológica respeitando cada um dos outros e a Natureza. Será um pequeno mas decisivo passo para inverter o caminho para o abismo que, em matéria de acesso à água, o país tem vindo a percorrer.
 
Essa é, contudo, uma tarefa de todos e de cada um. De toda a sociedade. De políticos e cidadãos. De empregadores e trabalhadores. Tem de ser um movimento cívico com o objectivo de deixarmos aos nossos filhos e netos um país melhor do que aquele que temos agora em matéria ambiental. E isso exige que se haja em conformidade, com base nalguns dos pontos que elencamos abaixo:
 
. As autarquias devem ser responsáveis pela informação da qualidade dos terrenos e das espécies próprias para cada região.
. Os parques florestais devem criar em larga escala, viveiros dessas árvores, que servirão depois para ser transplantadas e se esperar pelo desenvolvimento das mesmas que demoram alguns anos a crescer, que será um fundo de prosperidade para cada região.
. Deve-se dar a conhecer que cada pessoa pode apadrinhar uma árvore, que terá um número e um nome que lhe queira dar, a troco de um pequeno donativo. Este acto poderá ser usado como uma prenda de aniversário, casamento ou nascimento.
. O parque florestal deverá ter árvores tradicionais portuguesas e resistentes aos fogos, assim como plantas campestres (estevas, urzes, lavanda, rosmaninho).
. Manter e recuperar os ecossistemas do interior e do litoral (sapais, pradarias, marinhas, a floresta de mangal e pântanos) que funcionam como consumidores naturais de C02.
 
Lancemos mãos à obra. Pensemos no nosso planeta e no futuro das novas gerações.
 
Se concorda com esta petição assine-a e envie-a para Maria Teresa Ramos [email protected]
 
Lisboa, 19 de Novembro de 2019



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Esta petição foi criada em 25 novembro 2019
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