Petição para uma luta eficaz contra os INCENDIOS em Portugal
Para: Sr. Presidente da República e Deputados.
Cada ano, com mais ou menos virulência, o cenário dos incêndios repete-se indefinidamente sem qualquer alteração. Será alguma “doença incurável” que atinge todos os anos o nosso país? Será assim tão“normal” um país pequeno como o nosso ser responsável por mais de metade da área ardida em todos os países da União Europeia em 2016? Claro que não.
Seguem algumas sugestões para lutar eficazmente contra os incêndios:
1- Prevenção:
-avaliação preventiva diária e precisa do risco de incêndio ao nível de cada distrito;
-realização de fogos controlados;
-criação e manutenção de caminhos de acesso ao monte;
-limpeza dos montes e das florestas criando mais postos de sapadores florestais;
-incentivar a prestação de Trabalho a Favor da Comunidade para certos presos participando na limpeza das matas;
-favorecer a plantação de espécies de árvores designadas por “árvores bombeiras”autóctones (vidoeiros, carvalhos e castanheiros, nomeadamente) e acabar com a predominância de eucaliptos e de pinheiros.
Paralelamente a isso, é essencial travar uma luta contra a desertificação rural e a promoção da instalação de jovens agricultores formados, gestores dos espaços rurais. O Governo devia incentivar e ajudar financeiramente jovens agricultoresa instalarem-se no interior com um rebanho de 200 ou 300 cabras, por exemplo, essas mesmas que percorreriam a montanha comendo e limpando o monte. Dessa forma, permitiria lutar contra dois males que roem o interior do nosso país: a desertificação rural e os incêndios florestais. Por outro lado, o nosso país não investe o suficiente na formação e na sensibilização desta franja da população que gere uma grande parte do nosso território, ou seja os agricultores.
Outro ponto crucial: o governo deveria adquirir e aumentar de maneira significativa os meios aéreos “públicos” de combate aos fogos e centralizar esses meios na Força Aérea.
2- Repressão e fiscalização:
-mais recursos e mais guardas no terreno durante os períodos com risco mais elevado de incêndio. O Governo deve poder disponibilizar homens e veículos do exército para percorrerem as montanhas durante o tempo de maior risco de incêndio.
-investir em drones utilizados para detectar e incriminar os incendiários.
Essas medidas deveriam ser tomadas o mais rápido possível e antes do próximo verão que será, provavelmente, ainda mais catastrófico do que o ano passado já que este ano mostra ser um ano seco, com falta de chuva significativa. Se nada for feito para combater eficazmente esta praga, predizemos que este ano 2017 seja o mais “negro” dos últimos anos.