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Criação de uma escola de desenvolvimento integral na Madeira - Comunidade Educativa Verde

Para: Exmº Sr Secretário Regional da Educação do Governo Regional da Região Autonoma da Madeira

Existe já consciência de que a atual educação escolar não responde aos desafios da sociedade do conhecimento do Séc. XXI.
A cultura estabelecida no dia-a-dia das nossas escolas prima pela repetição das rotinas instaladas e muitas das tentativas de mudança de paradigma acabam por sucumbir à pressão exercida pelos resistentes a qualquer alteração das práticas instaladas.
O modelo que agora se exige, tem por base um novo modelo educacional. Uma escola que cresça a partir das contribuições da psicologia da aprendizagem, da neurociência e sobretudo da constatação de que as crianças e jovens evoluíram e que o sistema tem de evoluir com eles.
A Comunidade Educativa Verde (CEV), um projeto ainda em fase embrionária, apresenta-se como uma comunidade educativa holística que pretende ser uma referência pela sua intervenção ao longo de toda a vida, tendo por base o pressuposto de que “a educação é o melhor investimento social”.
A vontade, nasce da certeza que a escola é um local de encontro, de todos os encontros, encontro consigo próprio e com o outro, daqui resultando o sentido de comunidade, que deverá integrar as famílias, os saberes de cada um e os recursos naturais da nossa Ilha, ao mesmo tempo que aproveitando as vantagens da globalização, deverá criar parcerias com comunidades pelo mundo fora para conhecer e dar a conhecer crenças, tradições, linguagens e conhecimento com o objetivo de incutir nos jovens uma variedade de valores, princípios e identidades.
A CEV destina-se a todos os alunos e famílias que queiram abraçar os valores que sustentam o projeto, beneficiando de uma educação integral. Uma escola pública, de todos e para todos assente em 8 competências essenciais: compreensão leitora, expressão oral, escrita e motora, resolução de problemas, competências digitais, interioridade, sustentabilidade do planeta, aprender a aprender e os valores sociais. A metodologia variada, deve fomentar a aprendizagem pela descoberta, incrementando a autonomia dos alunos, o desenvolvimento da criatividade, a capacidade de observação, a descrição, a experimentação, a formulação e a comprovação de hipóteses e outros aspetos do raciocínio científico. A pedagogia por projetos e a aprendizagem baseada em problemas, bem como a introdução do trabalho cooperativo são outras das técnicas a introduzir, nesta nova metodologia.
A organização curricular da CEV obedecerá a critérios de racionalização tendo em conta os interesses da comunidade estudantil, isto é, mediante as necessidades e interesses de cada grupo. Os educadores deste modelo não serão meros instrutores, possuidores de um conhecimento codificado e inacessível, mas sim orientadores capazes de acompanhar os alunos no seu processo de aprendizagem. Deverão ainda assegurar a transversalidade das aprendizagens dos alunos, não compartimentando os saberes e trabalhando cooperativamente.
O principal objetivo da educação da CEV é formar pessoas para uma sociedade inclusiva de um modo diferente, pessoas com uma forte identidade própria e com um projeto de vida baseado na sua vocação e compromisso. Pessoas flexíveis e abertas à mudança, globais e que falem vários idiomas, multiculturais, sistémicas e digitais, autónomas e capazes de trabalhar colaborativamente e em rede, com espiritualidade e vida interior, capazes de empreender e de conduzir a sua própria vida e nela integrar a realidade complexa.
O espaço educativo, atrativo e estimulante permitirá às crianças, desde muito cedo, serem protagonistas da sua aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidades de realizarem experiências ativas e significativas dentro das várias áreas do currículo. Com uma arquitetura sustentável, desenhada com base num estudo etnográfico, que integre os ambientes interno e externo e promova espaços pedagógicos vividos, transformáveis, com construções que utilizem, sempre que possível, materiais naturais e regionais, com terrenos de cultivo, em modo de produção biológico, acesso ao mar mas principalmente que favoreça, estimule, apoie e organize a relação pedagógica da comunidade. Sem as salas de aula tradicionais, sem as mesas e as cadeiras enfileiradas, sem o relógio e os toques, sem turmas…sem anos curriculares. Neste espaço a aprendizagem será um processo natural, experiencial e empreendedor tendo em conta que este é um caminho pessoal que cada um deve ser livre de o construir. Uma aprendizagem holística, não só focada na performance académica mas em todo o seu desenvolvimento emocional e criativo. Um local, onde se poderão aprender os ângulos da matemática a dançar Ballet; a língua inglesa a realizar um filme em parceria com escolas estrangeiras; o ciclo da vida e o respeito pela natureza através da agricultura biológica (plantando, cuidando, vendo crescer, colhendo, cozinhando e saboreando) e a criação de animais (cuidando, alimentando, processando os seus produtos derivados, desde a lã ao leite); a importância de uma vida saudável através da prática de exercício físico diário; a desenvolver a concentração, a autoestima, a ouvir a voz interior através de técnicas de meditação, compaixão ou até de artes circenses como o malabarismo.
Os alunos serão os protagonistas da sua aprendizagem, fazendo, ouvindo, participando ativamente, autoavaliando-se e avaliando os pares. Neste processo o professor será apenas um facilitador. Sem estar preso a modelos nem metodologias específicas, deve orientar, dar pistas e acompanhar todo este processo, incentivando a criatividade e a capacidade de questionar que as crianças desenvolvem muito cedo e que a escola atual anula quase por completo.
Será possível? Nós acreditamos que sim, mas precisamos da colaboração de todos para concretizarmos este projeto. Se, tal como nós, acredita que é possível e pretende juntar-se a esta vontade, assine a petição e juntos seremos mais fortes.



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Esta petição foi criada em 29 junho 2016
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