Petição Escolas/obras de renovação - Síndroma do Edifício Doente
Para: comunidades educativas, Ministério da Saúde e Ministério da Educação
Leia esta petição. Enquadra-se em alguma destas situações? Se sim, assine e divulgue, pois a sua saúde está em jogo. Se não, divulgue na mesma porque muitas pessoas estão a “sofrer” deste síndroma.
Síndroma do Edifício Doente
Quando uma percentagem significativa dos ocupantes de um edifício apresenta sintomas regulares, de menor ou maior gravidade, tais como alergia, dor de cabeça, irritação dos olhos e das mucosas, dores de garganta, tonturas, náuseas e fadiga em geral, não atribuíveis a factores pessoais de sensibilidade ou doença, e que desaparecem pouco tempo depois da saída do prédio, fica evidente que os sintomas estão relacionados com as condições ambientais do edifício.
Estes problemas caracterizam o que se convencionou designar como "Síndroma do Edifício Doente".
O que é mais preocupante nalguns casos, amplamente divulgados, são surtos de graves doenças respiratórias, às vezes fatais para as pessoas mais sensíveis, que têm ocorrido e foram identificadas como tendo sido transmitidas pelo ar respirado no edifício.
A OMS reconhece que a qualidade do ar interior é um factor determinante para a saúde e bem-estar das populações, razão pela qual publicou um conjunto de princípios – “The right to healthy indoor air” (Direito a uma Boa Qualidade de Ar Interior) – derivados a partir dos preceitos fundamentais no campo dos direitos humanos, ética biomédica e sustentabilidade ecológica (OMS, 2000)
EFEITOS NA SAÚDE RESULTANTES DE UMA MÁ QUALIDADE DO AR INTERIOR
Os efeitos para a saúde humana de uma má qualidade do ar interior geralmente não são específicos. Contudo, podem-se destacar os seguintes sintomas:
* OCULARES: conjuntivite, lacrimejo,...
* RESPIRATÓRIOS: congestão nasal, rouquidão, secura e dor de garganta,...
* PULMONARES: sensação de falta de ar, tosse seca, palpitações, opressão torácica,...
* DÉRMICOS: irritação cutânea, alergia generalizada ou localizada, edemas,...
* GERAIS: vómitos, náuseas, sonolência, cefaleias, irritabilidade, dificuldade de concentração...
Além de todos estes sintomas, podem-se apresentar doenças plenamente definidas como a Legionelose (doença do legionário), febre de Pontiac, tuberculose, gripe e a constipação comum.
Factores condicionantes da qualidade do ar interior em estabelecimentos
Emissões de poluentes no interior:
- Qualidade do ar exterior
- Intensidade da ventilação
O ambiente interno de qualquer edifício é o resultado da integração da situação do imóvel, do clima, do sistema de climatização, dos materiais de construção utilizados, do seu conteúdo, permanente ou temporário, e dos ocupantes.
EMISSÕES DE POLUENTES NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS
- Poluentes resultantes da combustão decorrente da utilização de equipamentos de cozinha e ou sistemas de aquecimento (ex. CO, NO2, partículas, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos e aldeídos não queimados, vapor de água);
- Fumo de tabaco ambiental (environmental tobacco smoke), isto é, o componente tóxico resultante do fumo do tabaco e que contém inúmeros compostos, entre os quais os poluentes referidos no ponto anterior, benzeno, acroleína, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, etc.
- Compostos orgânicos libertados durante a utilização e armazenamento de produtos de uso doméstico, tais como tintas, vernizes, produtos de limpeza e pesticidas;
- Compostos de origem biológica (ex. pó de varredura, bolores, bactérias, vírus e compostos orgânicos de origem microbiológica – MCOV’s – entre os quais aldeídos, álcoois e terpenos);
- Fibras emitidas a partir de materiais usados na construção (ex. amianto, lã de rocha e lã de vidro).
PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR INTERIOR EM ESTABELECIMENTOS
Contaminantes químicos: o ar que entra nas condutas do sistema de climatização circula uma e outra vez durante largos períodos, podendo conter contaminantes como: gases de escapes dos veículos, gases provenientes do próprio edifício e de outros edifícios próximos, fumo de tabaco, substâncias químicas, pesticidas, emissões orgânicas, etc..
Contaminantes biológicos: nas condutas de ar podem-se encontrar bactérias, ácaros, pólen, vírus, pó, insectos e roedores, entre outros.
