Petição TURISMO ACESSÍVEL – “Todos diferentes, todos iguais”
Para: Assembleia da República; Primeiro-Ministro e Presidente da República
O Turismo Acessível, também denominado de Turismo Inclusivo, está hoje na ordem de trabalhos das mais diversas instâncias incluindo a União Europeia, que na semana passada declarou em comunicado de imprensa estar disposta a avaliar eventuais projectos de apoio financeiros do estados Membros considerando como um dos critério de elegibilidade do projecto a introdução do factor da acessibilidade.
A acessibilidade não é uma mera questão de mobilidade, pois traduz-se em banir as barreiras que inviabilizam o acesso de todos os cidadãos, incluindo os que têm necessidades especiais, a todo o tipo de locais, edifícios, equipamento, produtos e serviços, sendo tal necessidade transversal a todos os sectores da economia, incluindo o turismo.
Segundo a OMT, estima-se que cerca de 80 milhões de pessoas, na Europa, sejam portadores de um tipo de necessidade especial. Ao viajar estas pessoas fazem-se acompanhar da família e/ou dos amigos, facto que representa um potencial de mercado de 130 milhões de turistas, um número considerável merece ser tido em atenção não só pela questão estritamente económica, mas antes por uma questão de consciência social, pela criação de valor acrescentado para a região algarvia, de inovar e reciclar a pensar no próximo, porque “no fundo somos todos iguais”.
Uma vez que o Turismo do Algarve não pode contar com o contributo e participação indispensável dos 16 municípios da região, para executar o Plano Estratégico para o Turismo Acessível no Algarve, que está em fase de discussão há quase três anos, inviabilizado devido à falta de visão de alguns autarcas, venho por este meio solicitar o inequívoco apoio de instituições e particulares para esta petição a submeter a Sua Excelência o Senhor Presidente da República, a S. Exa. o Senhor Primeiro-Ministro e ao Membros da Assembleia da República, com a finalidade das entidades responsáveis garantirem os meios financeiros necessários à sua implementação.
António de Almeida Pires
