Petição Contra o encerramento da UTAD pólo de chaves
Para: Reitoria UTAD e Assembleia da Republica
Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) pondera encerramento do pólo de Chaves onde se lecciona de momento duas licenciaturas e um mestrado. O que provavelmente o Reitor Carlos Sequeira se engana é que a reestruturação da UTAD como centro de custos não pode nem nunca deveria ser sequer equacionada como apenas um número ou um variável em equação. Cortar o acesso ao ensino superior no interior norte numa desmedida e sem vergonha tentativa de centralização, mais uma vez, do norte transmontano na sua capital de distrito, Vila Real, é mais um passo atrás na evolução da região.
O corte de 9% a todas as Universidades imposto pelo Orçamento de Estado para 2012 não é um justificativo para o encerramento do pólo de Chaves, façamos contas de cabeça e não precisamos de nenhum génio matemático inerte em nós para chegarmos à conclusão que é pura “sacanagem”.
A UTAD desmobilizou das antigas instalações na Av. Nun´Alvares onde se queixavam de rendas altas e de instalações obsoletas integrando as instalações da Escola Superior de Enfermagem em Outeiro Seco onde não pagam renda para usufruto das mesmas, sendo apenas responsáveis pela manutenção dos espaços a eles destinados, tendo o Presidente da Câmara de Chaves afirmado que se esse for o principal problema para manter a UTAD em Chaves que os custos seriam pagos pela Escola de Enfermagem ou pela autarquia local, quando não é seu dever, tendo estimado esse custo em cerca de 60 mil euros anual. Com toda esta poupança resta pouco mais à UTAD que pagar os docentes e o material usado pelos alunos, uma vez que o material para os cursos que leccionam são cadeiras, mesas e quadros (pouco mais) não me venham dizer que os 9% de corte obrigam ao encerramento dos cursos da UTAD em Chaves.
Necessitamos sim de uma renovação de cursos, acima de tudo aumentar a oferta e não obrigar os estudantes das áreas locais como Chaves, Vidago, Boticas, etc. a sair da sua área de residência quando a população de rendimento médio tende a desaparecer, o apoio ao arrendamento jovem está cada vez mais dificultado, o porta 65 falhou, a utilização da A24 está sujeita ao pagamento de SCUTs, o preço dos combustíveis aumenta semanalmente e com eles os custos de transportes colectivos e os próximos anos são uma condicionante à aventura de ir para fora estudar e uma forte barreira à formação superior.
Numa altura em que esta formação é condição obrigatória para enfrentar não só o mercado de trabalho mas também o estímulo da criação de emprego próprio através do incentivo ao empreendorismo, não há formação e criação de empresas sem conhecimento, pelo menos com sucesso.
Do que depender de mim, a UTAD fica em Chaves, e tu?
