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Jacob Klatzkin referiu que “Uma das principais tarefas da cultura é fazer da necessidade, liberdade"
A globalização tende para a formatação e conformismo social, para que nada nem ninguém possa identificar ao e a que pertence, seja espaço, organização ou cultura.
A destruição de factores identitários de grupos e comunidades, tende a cumprir a génese e os fins deste manto diáfono de pura ficção, onde apenas interessa a uniformização e formatação.
A identificação de trincheiras para defesa de causas num mundo globalizado, torna-se cada vez mais uma questão essencial, para sabermos e podermos estar e agir como pessoas e cidadãos.
Existem organizações que promovem e dão consecução a ideias e ideais e a defesa da sua existência é condição essencial ao sentir, ser e pertença de qualquer comunidade, onde a ética e a moral ainda sejam lastro nas relações interpessoais.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos, com sede em Faro, encontra-se ameaçada por um projecto imobiliário e essa ameaça pende sobre centenas de jovens que ali encontram formas de integração e realização, pela arte e pela música.
Actualmente, luta contra uma acção de despejo, correndo sérios riscos de ver cessar a sua actividade, com os prejuízos inerentes para a comunidade.
Faro, o País-Portugal e o mundo das artes e dos artistas, não podem permitir que "o betão" mate organizações sociais que tudo fazem para que o futuro seja melhor.
Assim:
- Considerando que a Associação Recreativa e Cultural de Músicos é uma organização essencial para a criação de ambientes desfavoráveis ao consumo de drogas e demais comportamentos desviantes;
- Considerando que a Associação Recreativa e Cultural de Músicos é uma peça essencial para a cativação de novos públicos para as artes e a cultura;
- Considerando que a Associação Recreativa e Cultural de Músicos promove uma actividade de interesse público, somos de exigir à/ao:
Presidente da Assembleia Municipal de Faro;
Presidente Câmara Municipal de Faro;
Directora Regional da Cultura do Algarve;
Delegado Regional do Instituto da Droga e da Toxicodependência;
Governadora Civil de Faro;
Ministra da Cultura;
Primeiro-ministro;
Presidente da República;
a promoção das acções necessárias e tendentes a proteger os cidadãos de Faro e os Farenses mais jovens em particular, com a criação de condições para que esta entidade prossiga os seus fins, com a devida estabilidade e liberdade.
