Fim da calçada portuguesa que não seja artística.
Para: Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território e Energia
Somos milhares de pessoas que diariamente utilizamos os passeios das cidades nacionais e nos vemos obrigados a ter uma exagerada cautela com a irregularidade e o perigo que a calçada portuguesa suscita aos transeuntes, visto que este tipo de chão não está, de modo algum, preparado para facilitar o normal caminhar de um adulto. Isto para não falar de quem se desloca em cadeiras de roda, para os invisuais e idosos.
Defeitos óbvios da calçada portuguesa.
1) Não escoa como deve ser a água das chuvas. (Em locais onde neva, nem se fala)
2) A pedra não é anti-derrapante.
3) Com o tempo (o pisar, a chuva e as raízes das arvores) as pedras alteraram as suas posições e tornam ainda maior a irregularidade do piso.
4) Provocam, diariamente, quedas fatais a pessoas de todas as idades. Basta fazer um lavantamento nas urgências dos hospitais para compreender a dimensão do estrago que a calçada portuguesa provoca nos serviços de ortopedia.
5) Em pisos inclinados a aderência de qualquer tipo de sapato é quase impossível.
6) Impede um caminhar seguro e descansado. Não convida a passear pelas ruas e contribui enormemente para que, quem pode, prefira utilizar um automóvel que entra numa garagem ou parque de estacionamento, a usar transportes públicos e andar um pouco até ao destino.
É um autêntico flagelo com um longuíssimo historial de décadas de queixas.
A nossa proposta é que se mantenha a calçada nos locais onde o relevo artistico do desenho seja evidente, sobretudo junto dos monumentos históricos e em praças de refrência, procedendo com a brevidade possível à substitução deste tipo de empedrado por placas de cimento, do tipo das que existem em inúmeras cidades da Europa e do mundo, onde se caminha com gosto, quilómetros a fio, sem prejuízo de quedas nem do cansaço que esta nossa calçada acaba por causar devido à exigência e grau de concentração para evitar quedas.