Pela venda de dissulfiram em Portugal
Para: Senhor ministro da Saúde
O Dissulfiram é um medicamento imprescindível em muitos casos de dependência de álcool, não havendo similares no mercado português.
Para ser bem receitado, o doente deve preencher uma folha de consentimento informado sobre o medicamento e os seus efeitos. Este medicamento deve também ser administrado ao doente por um co-responsável ou testemunha, pessoa muito chegada que também assiste às consultas. Se isto for feito, o medicamento aumenta em 30% o sucesso do tratamento de dependência de álcool (estudos cientificamente validados).
Desde Dezembro 2017 já não aparece na lista de medicamentos disponíveis.
Contactei primeiro a empresa Caldeira e Metelo, distribuidora do tetradin, e disseram-me que era o fabricante indiano que tinha deixado de fornecer para toda a Europa.
Contactei a seguir o Infarmed, que tem a indicação de que está esgotado e que só voltará ao mercado em Abril de 2018.
Tenho alguns doentes em tratamento que não convém nada descontinuar.
Sei que já houve uma tentativa por parte do laboratório para descontinuar o fármaco há alguns anos atrás. O que faço com estes doentes que estão a tomar?
O problema a que refere é comum a todos nós, causando prejuízos graves aos doentes que o tomam e nos inícios de tratamento.
Só em Portugal não se encontra.
No entanto, está à venda em países vizinhos como Espanha e a França, podendo ser comprado em Portugal, mais caro, mediante uma requisição médica adequada, apresentada à farmácia.
Esta falha compromete gravemente a saúde de muitos portugueses que, sem este medicamento recaem gravemente na dependência do álcool.
Solicitamos portanto, ao senhor ministro da Saúde a reposição imediata deste medicamento no mercado português.
