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Preservar a Praça do Império é defender a Portugalidade

Para: Assembleia Municipal de Lisboa

A Nova Portugalidade, grupo de cidadãos que visa o estudo, promoção e defesa do património material e espiritual da Portugalidade, lastima a decisão, anunciada ontem por diversos órgãos de comunicação social, de remover da Praça do Império o conjunto de brasões florais que presentemente a adornam. A Câmara Municipal de Lisboa, iniciadora do processo, fá-lo precipitadamente, pois não podemos – não no-lo permitiria a fé que temos nessa alta instituição - crer que o faça por preconceito ideológico e em atentado à nossa memória colectiva. Parece claro, contudo, que a decisão obedece à visão, aliás conhecida e insistentemente difundida, de importantes responsáveis camarários para o local. Ora, os canteiros alusivos às antigas províncias portuguesas do ultramar não são marca de anacronismo, mas dessa história que a Praça evoca e deve celebrar.

Os canteiros floridos da Praça do Império são, pese embora o desprezo que lhes parecem votar alguns espíritos menos avisados, um símbolo vivo, actual, da viva e actual globalização portuguesa. Representam-se ali, com os seus brasões de armas, os pedaços de Portugalidade que mais longamente se mantiveram ligados entre si; hoje, o jardim é testemunho forte de uma aventura colectiva que marcou o nosso passado e pode bem determinar o nosso futuro. Como atestado pelas impressivas manifestações de carinho com que os povos da Portugalidade nos brindaram aquando do Euro 2016, o mundo português é bem mais que um slogan: o largo espaço que os portugueses descobriram, habitaram e abraçaram é uno no sentimento que lhe é comum, fecundo nos benefícios que promete e sólido como fórum alternativo de afirmação do Estado português. É hoje tão actual como em 1500.

Não pode existir argumento financeiro, estético ou histórico que concorra para a destruição de algo tão belo e pleno de significado. Se avançar com o projecto de requalificação agora aprovado para a Praça do Império, a CML cometerá um crime contra Lisboa, o património nacional e a profunda amizade que mantemos com os povos da Portugalidade. Mais, tratar-se-ia de um crime contra a História e, portanto, contra o próprio país. O povo português, residente ou não em Lisboa, não pode permitir semelhante barbaridade. A Câmara Municipal de Lisboa, crêem os signatários, também não. A Praça do Império, com tudo o que nela sugere a grandeza passada e potencial futuro do país, não pode ser devorada pela falsa religião do progresso.

Pela memória,
Rafael Pinto Borges, Fundador da Nova Portugalidade
Abel Matos Santos, Psicólogo clínico
Ana Cristina Pinto, Escritora
António Carvalho Capela, Economista
Alexandre Franco de Sá, Professor Universitário
Aline Gallasch-Hall de Beuvink, Professora universitária e historiadora
Benigno Guterres, Estudante timorense residente em Lisboa
Carlos Fino, Jornalista
Eurico Barros, Crítico de cinema
Fernando Ribeiro Rosa, presidente da Junta de Belém
Filipe Anacoreta Correia, Jurista e deputado do CDS – Partido Popular
Francisco Quelhas Lima, presidente da AE da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto
Hugo Dantas, Jurista
Isabel Santiago Henriques, Fotógrafa e assistente de realização
Jaime Nogueira Pinto, jurista, professor universitário, escritor
Joaquim Magalhães de Castro, Fotógrafo e escritor
José António Rodrigues Pereira, Oficial superior na situação de Reforma, investigador de história marítima
João Borges, Designer e museógrafo
Luís Bonifácio, Engenheiro
Luís Farinha Franco, Assessor do Ministério da Cultura, heraldista
Mamede Broa Fernandes, Estudante
Manuel Azevedo Graça, Historiador da Arte
Manuel Ribeiro de Faria, Oficial Superior na Reserva, ex-director do Museu Militar
Marcelo Mendes Pinto, Arqueólogo e investigador
Maria do Guadalupe Mègre Pinto Teixeira, Jurista, quadro superior dirigente da ONU
Mário Cunha Reis, Engenheiro
Pe. Mário Tavares de Oliveira
Miguel Castelo-Branco, Assessor do Ministério da Cultura, investigador
Nuno Canas Mendes, Professor universitário
Nuno da Motta Veiga C. Alves, Arquitecto
Pedro Pestana Bastos, Jurista
Pedro Quartin Graça, Jurista e ex-deputado independente eleito pelo PSD
Pedro Sanchez, Arquitecto
Raul Almeida, Gestor, politólogo e ex-deputado do CDS - Partido Popular
Rui Brito Fonseca, Professor universitário, investigador, consultor
Vasco Silva, Editor



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Esta petição foi criada em 22 julho 2016
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